

Num exercício titânico de vontade.
Mas este estado frenético em que me encontro não é novidade. O desejo de parar com o vício é recorrente em mim. Quando calha - ou depois de um dia mais agitado, durante o qual dei conta de um ou dois maços extra - decido parar. Intoxicada, sem fôlego, juro a pés juntos que jamais voltarei a pegar no tabaco. Dedico leitura atenta a tudo o que é aviso contra os malefícios do vício, consulto sítios na internet com os mais variados conselhos e métodos (infalíveis dizem eles!) para deixar de fumar, assumo postura voluntariosa e passo à fase em que doutrino toda a gente sobre quão nefasto é o acto de fumar. Mas é a mim própria que tento convencer. Sou eu quem está contantemente no limiar da tentação. Porque é tão fácil ter uma recaída e, tempos depois, voltar a parar. Como dizia o existencialista francês Jean-Paul Sartre "deixar de fumar é fácil, eu próprio já deixei muitas vezes".
Desta vez, arranjei um truque. Quando me sinto fraquejar, penso na tosse, na expectoração, na sensação de cansaço...
Torçam por mim...